Fortaleza - Jericoacoara

Tomamos um café da manhã caprichado do hotel, nos arrumamos e desci com a Bia para conhecer as áreas do hotel. Ela ficou brincando um no pequeno playground até dar a hora de irmos para o saguão esperar o carro chegar.

Como falei acima, marcamos a saída às 10:00. Como ficamos prontos mais cedo, tentamos combinar com o transfer de adiantar a saída para às 09:30, mas não deu certo, o rapaz estava com o carro na oficina fazendo uma revisão da suspensão.

A estrada, em quase sua totalidade estava cheia de buracos e crateras. Alguns pontos era necessário quase parar o carro para passar. Essa é um dos motivos que eu enormemente recomendo contratar um transfer para ir para Jeri, esses motoristas fazem esse percurso todo dia, conhecem a estrada e sabem onde tem e onde não tem os buracos. Nosso motorista dirigiu com muita atenção e muito cuidado durante toda a viagem.

Embora se possa combinar onde (e se) você quer almoçar, como não conhecíamos nada por lá, por escolha do motorista paramos no restaurante São Paulo na cidade de Paraipaba. É um restaurante bem simples, estilo Self-Service, daqueles de beira-de-estrada. Percebi que muitos transfers param lá também, é um restaurante para quem não quer conforto e quer algo simples e rápido. Além de possuírem pratos por quilo, servem também lanches, como tapioca, omelete, salgados, bolos, etc....

Mas a estrada continua muito esburacada, e infelizmente, presenciamos um gravíssimo acidente, ocorrido talvez uns 2 minutos à nossa frente, entre 2 caminhonetes que colidiram de frente. Já haviam diversas pessoas ajudando as vítimas e passamos direto para podermos ligar na próxima cidade (no local estava sem sinal de celular) para enviarem ambulâncias para o local. Foi uma cena terrível (depois ficamos sabendo que houveram 3 mortos neste acidente, inclusive uma criança e uma adolescente), e nos faz pensar que às vezes devemos deixar de lado pequenos problemas e o que importa mesmo é uma direção segura. Pensei também na cadeirinha que exigi no início da viagem, inclusive por que fiquei também sabendo que em uma das caminhonetes havia um bebê de meses de idade que sobreviveu ileso graças ao bebê conforto em que estava.

A última etapa da viagem fica a partir da cidade do Preá, também muito conhecida por lá. Fizemos uma parada rápida em uma pequena lanchonete onde o motorista ajustou a calibragem dos pneus para que pudéssemos enfrentar a parte de areia. Neste momento, a empresa, como um pedido de desculpas pelo "transtorno" da cadeirinha, nos ofereceu uma deliciosa água de coco, que foi muito bem vinda, estava gelada e deliciosa.

Já eram 16:40 e o sol já estava baixo. Depois da calibragem continuamos a viagem, que foi quase inteiramente pela areia. Quando a maré está baixa, os carros andam diretamente na praia, mas como naquele momento estava alta, fomos pela parte mais acima, com a areia mais fofa.

Chegamos rapidinho na pousada, a cidade é minúscula (afinal, é uma vila), Bia acordou e, enquanto fazíamos o Check-In, já foi passear para conhecer o interior.

Saindo da pousada, basta passarmos por um beco e chegamos à praça principal, que no momento (às 19:30) estava já enchendo e cheia de vida. Nos dirigimos diretamente para o restaurante Samba Rock Café, que estava já bem cheio e muito animado, com uma excelente música ao vivo.

Este restaurante é um dos que considero imperdível em Jeri, comida boa, caprichada, atendimento excelente, e muito animado. Com o tempo que estava fazendo ficou tudo perfeito. Em um certo momento da noite, um grupo de circo começou a fazer uma apresentação envolvendo malabarismo com fogo, pertinho de nossas mesas, convidando as pessoas a assistirem o espetáculo circense que é apresentado na cidade.