PASSEIO BUGGY LESTE

Dia de passeio !

Existem vários passeios em Jericoacoara, mas são dois os que mais são feitos, o Leste e o Oeste. Os outros podem ser contratados, mas alguns são longos e minha prioridade nesta viagem não é ficar passeando, e sim curtir a praia.

Mas antes, é claro, uma corridinha pela manhã, enquanto todos dormem no quarto e no resto da cidade, passando pelo Morro do Serrote. E o que parecia impossível acontecer, aconteceu... Nesta manhã nem estava pensando em correr demais, acho que uns 5Km já seriam suficientes, então eu fui em direção ao Morro do Serrote para fazer o contorno dele. Na volta, não sei por que motivos, entrei de volta na cidade, mas confundi a entrada e achei que estava mais à esquerda do hotel, enquanto na verdade estava mais à direita.

O resultado é que eu fiquei totalmente perdido, correndo por bairros desconhecidos da cidade, esperando encontrar algum ponto de referência. Via umas dunas e achava que estava entrando na rua certa, mas o que via eram os mesmos lugares, mesmas praças. Passei 2 vezes pela UPA e notei que estava dando voltas. Só depois de perguntar pela terceira vez onde era o Pimenta Verde é que eu acertei e consegui voltar para a pousada, dando um total de 7,58km de corrida na areia. Quem disser que se perder em Jericoacoara é impossível... eu consegui ! rs...

PASSEIO DE BUGGY LESTE

Como falei logo acima, este dia programei um passeio de buggy no lado Leste da cidade. Preferi fazer este passeio primeiro porque estava interessado em saber como estava a Lagoa do Paraíso, pois pela minha programação, estava querendo passar um dia inteiro lá, e havia recebido um aviso de que ela não estava tão paradisíaca como normalmente está por causa das chuvas.

Depois do café da manhã, nosso Bugueiro, contratado pela Jeri Viagens, estava nos esperando lá na entrada da pousada. Bia não teve coragem, inicialmente, de ir sentada na traseira do buggy, então ela foi com a Cris no banco de passageiros. O bugueiro dirigiu com muito cuidado e muito tranquilamente e foi excelente para ela, pois nunca tinha andado de buggy antes.

PEDRA FURADA

Nossa primeira parada foi na Pedra Furada. Um dos pontos turísticos da cidade. Nosso bugueiro deu a volta pelo morro do Serrote e parou em um dos pontos onde já existiam diversos veículos lá. Dali teríamos que ir a pé até a pedra, uma caminhada de mais ou menos 1km pela praia com areia fofa e vários pontos com muitas pedras. Para mim não teria problema nenhum, mas imagina como foi, carregando a Bia no colo ou no ombro quase o caminho todo... não foi fácil !

Chegando lá, na frente da tal Pedra Furada havia uma fila gigantesca de pessoas para tirar fotos dentro do furo da pedra. Nos assustamos e mesmo assim a Cris entrou na fila, mas eu observei que desde que chegamos lá, uma única pessoa estava há uns 10 minutos tirando dezenas de fotos, várias posições, com filho, com marido, com família, só casal... ninguém merece... na fila tinha gente até com som portátil no volume máximo...

Falei para a Cris sair da fila, que iria demorar mais de 1 hora para chegarmos lá na pedra, e tiramos nossas próprias fotos e selfies perto da pedra furada, de ângulos diferentes. Muito melhor do que ficar ali esperando. Notei que a Pedra Furada é muito perto da cidade (fica mais ou menos a 2km) e fiquei com uma ideia na cabeça... Logo depois voltamos pelo mesmo caminho que viemos, onde nosso bugueiro estava nos esperando já na beira da praia para continuar nosso passeio.

ÁRVORE PREGUIÇOSA

Continuando o passeio, a próxima parada era a Árvore da Preguiça, uma árvore que, por causa da ação constante do vento, cresceu deitada. Outro ponto que, chegando lá, já havia uma fila para fotos, mas muito menor que a da Pedra Furada. Mas o problema que se repetia não era nem a fila em si, que desta vez entramos para tirar nossas fotos, mas sim das pessoas sem noção que acham que podem chegar lá e fazer um ensaio fotográfico completo enquanto outras ficam esperando na fila. A pessoa no caso passou mais de 5 minutos tirando fotos em dezenas de poses, fotos com o filho, foto com o marido sozinho, fotos dela com o marido, dela com todos, fotos "assim e assado"... enquanto isso, eu aproveitei e tirei diversas fotos de outros angulos da árvore, que pra mim ficaram mil vezes melhor do que as pessoas ficam para tirar.

THE ALCHYMIST

Continuamos nosso passeio à beira da praia de buggy, passando pela cidade vizinha de Preá e entrando em trilhas de areia no meio da vegetação. Nosso destino era a famosa Lagoa Azul e Lagoa do Paraíso, que são basicamente a mesma lagoa, mas com nomes diferentes em cada ponto. Na parte da Lagoa Azul existe um transporte (pago) em um ponto onde nos leva para um clube do outro lado, mas nosso guia nos informou que não é muito legal, ainda mais que é pago. Continuamos nosso passeio até a Lagoa do Paraíso, onde nosso bugueiro parou no famoso Alchymist, mas nos deu a opção de ir lá, com entrada de R$ 30,00) ou em outro (o Paraíso Natural) que ficava mais em frente mas que não pagava entrada.

Havia programado antecipadamente de parar no Paraíso Natural, mas Cris quis ir no Alchymist por indicação das amigas, então descemos para entrar. O lugar é muito legal, estava bem animado e a decoração da entrada até o restaurante é muito bonita, com estátuas e gramado muito verdinho e bem cuidado. O restaurante estava bem animado, estava bem cheio mas ainda tinha muita mesa livre.

Existem várias áreas diferentes com mesas, algumas na frente do DJ, outras mesas ficam na água da lagoa e outras mais em cima, no restaurante, que possui dois andares e até uma área VIP flutuante com cortinas e espreguiçadeiras acolchoadas para ficar.

Escolhemos ficar na parte de cima do restaurante, onde estava bem tranquilo (não gosto de ficar no meio da multidão) e com uma visão linda da lagoa. Como havia sido avisado, a lagoa não estava tão paradisíaca, havia chovido demais nos últimos tempos e ela estava muito cheia e com a água escura. Pode-se ver em muitas fotos (normalmente tiradas em Setembro) a lagoa com a água muito azul e uma extensa faixa de areia até o pier em madeira, mas no dia que fomos a água estava muito escura e chegava até a borda do restaurante, quase não sobrando areia.

O dia também estava nublado. Isso mudou um pouco os planos, pois estava pensando em passar um dia inteiro na lagoa e agora vi que nem valia mais a pena. Segundo os locais, somente por volta de setembro é que ela volta a ficar normal.

Mas é claro que nada disso importa para a Bia, que queria logo é entrar na água. Pedimos o almoço e logo depois de acabarmos, descemos para ela brincar na água. Enchi sua bóia de unicórnio e entramos naquela lagoa gelada, mas mesmo assim muito gostosa. Ela se divertiu demais, pena não podermos nos afastar muito da borda, pois a lagoa afundava rapidamente em poucos metros, então só ficamos ali do lado das redes.

Fim do passeio

Saindo do Alchymist, nosso passeio ainda não havia terminado. Só que logo depois, cansada e com a barriguinha cheia, Bia se deitou no nosso colo no buggy e dormiu ali mesmo, no meio das sacudidas do terreno acidentado.

Passamos por diversas paisagens e também por uma linda e enorme lagoa no meio das dunas, onde muitos carros estavam por lá parados para as pessoas tomarem banho, mas acabamos passando direto, pois não dava para passar um tempão para tomar banho na lagoa com a bia dormindo no buggy. Uma rápida paradinha foi para tirar foto na base de uma enorme duna, que me impressionou por sempre parece ser pequena, mas quando comecei a subi-la se mostrou que realmente é imensa. As fotos ficam até estranhas, pois como não se tem referência para comparar o tamanho, parece pequena, mas quando a gente está no meio dela dá para ver o real tamanho dela.

RESTAURANTE TAMARINDO

O passeio acabou, mas não o dia. A noite estava já começando e assim que Bia acordou, nos arrumamos para sair para jantar. Já eram por volta das 20:00 e a cidade estava fervilhando, a noite em Jericoacoara é muito agitada e animada.

Saímos e nosso destino era o Restaurante Tamarindo, muito recomendado e procurado por lá. Passamos algumas vezes na frente dele e sempre havia fila de espera. Não fiz reserva, mas fomos assim mesmo para, caso necessário, ficarmos na fila. Pelo menos eu sabia que o tempo de espera iria ser prazeroso, pois o restaurante fica na frente da cachaçaria dos gatinhos que descobri outro dia.


Para nossa sorte, não havia fila de espera e conseguimos uma mesa lgoo que chegamos. Mesmo assim, enquanto Cris se acomodava, fui com a Bia na cachaçaria para "falar" com os gatinhos. São mais ou menos 7 felinos que ficam por ali. Bia adorou e ficamos lá por um bom tempo, até conseguir convencê-la a voltar ao restaurante.

O Tamarindo é muito aconchegante, no estilo dos restaurantes de Jericoacoara, parece um quintal, com as luzes reduzidas, mesas mais iluminadas pelas velas, pé na areia (é claro) e atendimento excelente. Aproveitei para provar um drink na base de espumante e Aperol, muito bonita e até gostosa, mas um pouco forte para mim.

Nosso prato estava muito caprichado. Cris pediu um de peixe para ela enquanto eu dividi o meu com a Bia, que adorou.

Adorei este restaurante e recomendo ! Nota 10 !

Terminado o delicioso jantar, seguimos passeando pelos becos da cidade para conhecer algumas das lojinhas. Estávamos bem cansados já !