PASSEIO DE BUGGY OESTE

Corrida

Mas um dia programado de passeio. Antes claro que fui fazer minha corrida matinal. Mesmo devagar, pois as subidas não são convidativas, mas a vista é linda. As pernas ficam doloridas da subida, mas a vista compensa o esforço...

PASSEIO DE BUGGY OESTE


Depois do café da manhã, nosso conhecido bugueiro estava nos esperando na saída da pousada. Nosso destino hoje era o passeio Oeste, um passeio pelas lindas dunas que rodeiam Jericoacoara. O dia estava lindo, muito sol e céu limpo.

Bia dessa vez já quis ir logo de início atrás do buggy com a gente. Saímos para o outro lado da cidade, já passando por trás da duna pôr-do-sol e pegamos a praia. A maré estava alta, então fomos um pouco mais para cima. No entanto, logo no meio dela, nosso buggy deu uma pane elétrica, parou de funcionar e tivemos que sair para o bugueiro arrumar. Neste meio tempo, parou outro buggy para ajudá-lo e a família que estava nele desceu também. tinham um filho mais ou menos da idade da Bia e os dois ficaram brincando por ali, em uma jangada parada na areia. Nela acharam um caranguejo, tiraram fotos e o devolveram para a praia. Vimos também alguns peixinhos que apareciam depois que as ondas caíam, na "piscina" antes da maré puxar de volta, e que se corrêssemos atrás deles, eles saíam pulando por cima da água. Os dois adoraram ver os peixinhos pulando e eu me cansei de correr atrás deles....

Travessia

Depois de consertado o problema, continuamos o passeio até Camoci, onde pegamos uma balsa para atravessar o braço do rio que se encontra com o mar. A travessia é muito rápida, não devem durar nem 3 minutos, mesmo assim, nesse tempinho Bia ainda quis sair do buggy para andar pela balsa, que só tinha nosso carro, apesar de ter espaço para dois.

Guriú

Do outro lado, nosso passeio continua por mais alguns minutos até pararmos em Guriú. O lugar parecia um manguezal seco, com as árvores todas cortadas e chão de terra, onde alguns balanços e casinhas foram construídas com seus troncos.

Neste momento, senti falta de um guia, pois nosso bugueiro não estava explicando nada. Foi depois que perguntei que ele me explicou sobre o lugar, que era realmente um manguezal, mas foi destruído pela ação do homem e que nunca se recuperou e morreu.

Não entendi exatamente o motivo de pararmos lá. Talvez faltasse outra explicação melhor. Construíram balanços, casinhas, plataformas e redes para tirarmos fotos, que ficam muito bonitas, mas é só isso mesmo. Depois da sessão de fotos, fomos logo embora.

Banho de Lagoa

Depois de Guriú, entramos nas dunas, tendo somente areia e algumas pequenas lagoas entre elas, formadas pela chuva. Em algumas dunas, descemos bem íngremes, daquele jeito de dar a "dorzinha na barriga" e nessas a Bia até gritava "Yuhuuuuu !!" ! Que menina aventureira ! Mas o passeio não demorou muito, depois de alguns minutos, nosso bugueiro parou em uma lagoa entre as dunas, dessas que não tem nome mesmo e que seca depois que as chuvas param, e onde estavam poucas pessoas tomando banho.

É claro que Bia quis tomar banho também, então entrei com ela. Na borda é rasa, mas logo afunda rápido. Coloquei as boias de braço nela e assim ela ficou à vontade, brincando com um amigo que arranjou por lá. Muito gostoso e refrescante, a água gelada ficou perfeita naquele calor que fazia. Nem dava vontade de sair, a gente se sente diferente, parecendo que está nadando no meio do nada, no meio do deserto... só você, a água e as dunas...

Tirolesa

Saindo da lagoa, andamos mais alguns minutos e chegamos à próxima parada, uma duna bem alta com tirolesa para descer diretamente no lago. O local possui apenas uma tirolesa dupla e um escorregador. O preço da tirolesa era de R$ 15,00 para duas descidas. Como Bia era muito pequena para descer e a Cris não gosta desse tipo de aventura, fui sozinho mesmo, elas ficaram embaixo para filmar minha descida.

A fila andou rápido, pois cada tirolesa possui vários banquinhos (devem ser por volta de 7) e somente quando acabam todos é que o rapaz puxa de volta. A sensação ẽ ótima, e naquele calor qualquer água vai bem, então quando a gente entra na lagoa é bom demais ! rs...

Resolvi não ir no escorregador, já havia ido em um desses em natal há muito tempo e preferi continuar nosso passeio, visto que nem Cris e nem Bia iriam me acompanhar.

Tatajuba

Depois de tanto exercício, a fome já estava "batendo". Partimos então para nossa próxima parada. O bugueiro queria ainda ir mais longe nas dunas para outra lagoa, mas já estava ficando cansativo para a Bia, então dispensamos e resolvemos ir direto para o almoço.

Ele nos levou para a lagoa de Tatajuba, outra lagoa no meio das dunas, onde existem diversos restaurantes beirando toda a lagoa. Paramos então na Baraca do Didi, em um lugar com vários carros e buggys já estacionados. Podíamos ficar o tempo que quiséssemos por lá.

Pegamos uma mesa que estava na água e veio um rapaz nos atender. chegou com vários frutos do mar na mão e os colocou em uma mesa, explicando sobre cada prato feito com cada um deles, valor e como é feito. Os preços variam muito, havia um peixe de R$ 160,00, camarões e lagostas podiam ser feitos metade da porção. Escolhemos um peixe (me desculpem, esqueci o nome) que custava R$ 100,00 e o almoço estava incluído Baião de Dois, Arroz Branco, vinagrete e farofa.

Enquanto o almoço estava sendo preparado, ficamos na lagoa. Nas margens vários peixinhos ficavam nadando pegando os restos de comida que caem, existem algumas redes na água para se deitar, pranchas de StandUp e caiaque para aproveitar. A lagoa é bem rasa, ou pelo menos não afunda rápido na borda como as outras, então pode-se ir mais longe nela.

Não demorou muito (só um pouco) para o almoço ficar pronto. O rapaz que nos atendeu avisou e começou a insistir para que almoçássemos dentro da barraca, longe da lagoa, mas queríamos amoçar ali mesmo, na mesa que pegamos com os pés na água, com a brisa e a linda paisagem. Mesmo assim ele ficou insistindo, mas não cedemos. Não entendi por que ele não queria montar o almoço ali, muitas pessoas estavam almoçando por ali também, nas outras mesas, me senti muito incomodado. Quando ele viu que não ia adiantar então cedeu e montou nossa mesa ali mesmo.

O peixe estava bonito e quantidade mais do que suficiente para nós três. Almoçar ali fica muito agradável, bem mais do que uma praia. A água doce da lagoa é ótima para refrescar sem o incômodo do sal do mar e a temperatura dela super agradável também, sem contar que o clima ajudou demais. Enquanto almoçávamos, alguns peixes nadavam entre nossos pés, e um ou outro momento até levava um susto porque um deles se arrastava se eu deixava meu pé muito tempo parado. Bia adorou os peixinhos e até queria que eles encostassem nos pés dela, mas seus pés só chegavam pouco abaixo da superfície e ela não conseguia deixá-los parados por mais do que alguns segundos, espantando os peixinhos antes mesmo de chegarem perto.

Uma observação importante: O restaurante aceita cartão!

Esta parte do passeio foi maravilhosa. Meu único "porém" era que eu gostaria muito de escolher o lugar para almoçar. Este lugar que ficamos pareceu ser o mais cheio, e eu talvez arriscaria escolher outra barraca mais para o meio, que, além de estar mais vazia, talvez a vista fosse bem melhor, pois era virada diretamente para as dunas. Fica a dica.

Cavalos Marinhos

Saímos de Tatajuba e voltamos pelo "deserto de Jeri"... passamos de volta por Guriú, mas antes de passar novamente pela travessia de balsa, nosso bugueiro passou direto para pararmos mais para frente, onde o rio se encontra com o mar.

Esse passeio poderia ser feito mais cedo, mas como a maré estava alta, nosso bugueiro recomendou passarmos na volta pois seria muito mais fácil de ver os cavalos marinhos.


O local me estranhou um pouco. O buggy parou embaixo de um telhado perto da margem, onde estavam um carro e outro buggy lá. Existe apenas essa "construção", anexada a um "quartinho" que deve conter algumas bebidas para quem quiser comprar ou para os bugueiros.


O preço era de R$ 15,00 por pessoa (Bia pagou também) e só recebem em espécie, pagos na volta. Descemos até a margem, onde tem um barco/canoa parada lá (outra estava chegando com uma família). Não tem estrutura nenhuma, apenas alguns sacos de areia na margem para facilitar o embarque/desembarque.

Subimos na canoa e esperamos. A família que chegou na outra desembarcou e o condutor passou para nossa canoa e começou nosso passeio. Fomos com uma outra família, com um casal e um filho. Nosso passeio começa com o condutor falando algumas coisas sobre os cavalos marinhos, nada muito detalhado, fala como eles ficam, cores, etc... mas o que ele mais falou mesmo (ou reclamou, e que achei até engraçado) foi o quanto uma senhora, em algum outro passeio, falou que ele supostamente plantava os cavalos marinhos para fingir que achava durante os passeios. Ele estava realmente muito magoado, e falou demais disso, de quanto ele cansa de ficar o dia inteiro tentando enxergar e achar os cavalos, marinhos, etc...

Bom, abstraindo tudo isso, continuamos nosso passeio e ele nos passou um grande pote com dois cavalos marinhos para vẽ-los de perto. Bia é claro que adorou, nunca tinha visto um assim, ao vivo e na nossa mão. Um era vermelho e o outro cinza/marrom. Depois de todos no barco ficarem satisfeitos em ver os cavalos marinhos, eles foram devolvidos para a água. No meio do passeio pudemos ver alguns outros também nas margens, agarrados em alguns galhos.

Depois, voltamos para o buggy da mesma forma que entramos, passamos pela travessia na balsa, que foi mais rápida ainda, devido à maré estar mais baixa, e tomamos caminho para Jeri, agora com a praia tendo bastante espaço, pois a água do mar nos deixou um amplo espaço de areia, mas.... puf.. puf... puf...

Nosso buggy para novamente, outra (ou a mesma) pane elétrica. Paramos no meio da praia e, enquanto o bugueiro tentava arrumar o veículo, fiquei passeando com a Bia por ali para distraí-la, a levando a uma pequena piscina formada pelo mar na areia onde estava um pássaro para ela observar.

Desta vez foi mais rápido, nosso condutor consertou o buggy logo e terminamos nosso passeio, passando por áreas com vários Kitesurfs e chegando em segurança na pousada.


Foi um passeio excelente !

Na Casa Dela

Noite em Jeri... cidade sempre muito animada. Saímos da pousada e fomos conhecer outro restaurante. O selecionado da vez foi o Na Casa Dela. Existem dois restaurantes Na Casa Dela em Jeri, um que fica em um beco (acho que no Beco do Forró) e este outro que fomos, que fica na rua principal, pertinho da praça da cidade.

O restaurante é bem grande, apesar da entrada não parecer, ele se estende por um quintal todo atrás da fachada e casa da frente e possui dezenas de mesas, inclusive uma grande churrasqueira. A decoração é bem peculiar e generosa, com muitos enfeites e luzes discretas, focadas para as mesas e algumas poucas espalhadas, deixando o ambiente escuro e bem muito agradável.


Bia adorou a luminária da nossa mesa, em formato de uma casinha com vários passarinhos saindo dela. O atendimento também é nota 10, fomos muito bem atendidos, muita atenção e cordialidade. Levaram até um kit para a Bia se distrair e desenhar enquanto esperávamos o jantar. Ela fez vários desenhos dedicados aos gatinhos da cachaçaria.

Enquanto esperávamos trouxeram para gente, como cortesia, um pote com geléia de pimenta e cubinhos de tapioca. Mais delícias....

O cardápio é bem variado, mas como queríamos alguma comida "da terrinha" e diferente do que costumamos ter, pedimos uma paçoca com purê de abóbora, feijão e arroz de côco. Só o vinho que deixei de lado (tomei mais um pouco na minha rede com livro), pois os preços estavam proibitivos. Não sei como dizer o quanto estava gostoso, apenas que comemos toda a paçoca, e olha que não era pouca, dava para 3 pessoas tranquilamente e ainda sobra, nós é que ficamos de "olho grande" mesmo.

E finalmente, Cris pediu também um café, que veio lindamente acompanhado de uma cestinha com 4 doces. Essa brincadeira toda ? R$ 117,00. Achei um preço bom, considerando que foi um jantar para 3 pessoas !

Saindo de lá, tivemos que ir na cachaçaria para que Bia colocasse o desenho que ela fez para os gatinhos na caixa de doações deles.

Ela queria que eles recebessem....