Mergulho em
Serrambi

Na minha infância, sempre que íamos passar o verão em Guarapari, eu costumava mergulhar com meu irmão nas costas da praia, mergulho livre, apenas com snorkel, máscara e pé de pato. Sempre amei o mergulho, ver o fundo do mar, íamos praticamente todo dia para praia mergulhar e passávamos a manhã toda lá, só voltávamos depois do almoço.

A profundidade não era muita, às vezes 4 metros, ou 6 metros em alguns lugares, mas mesmo assim era fantástico, víamos muitos animais marinhos, estrelas, lesmas, peixes e quando víamos alguma moréia, saíamos correndo!

Na época, como gostava tanto, quando meus pais nos comprou o equipamento de mergulho, comprou também um livro com instruções e dicas sobre o esporte, livro que não me lembro o nome (tinha uma capa azul), mas foi muito importante para mim e que eu o absorvi e apliquei nos meus mergulhos e até hoje me lembro de diversas de suas instruções, que serviam não apenas para o mergulho livre, mas também para o mergulho profissional.

No entanto, nunca mergulhei de cilindro. Nunca tive essa oportunidade ou sempre dei mais prioridade a outros tipos de passeios nas minhas viagens, ou também sempre preferi fazer esse tipo de atividade quando fosse em algum local com águas cristalinas ou algo parecido.


Só que no hotel Serrambi Resort havia essa escola de mergulho, a Abissal, que oferecia o batismo de mergulho com cilindro. Gabriel também nunca teve contato com esse tipo de atividade, e então resolvi comprar o pacote (que custava R$ 300 por pessoa) de batismo, com um mergulho de 30 minutos.

Combinamos o dia e a hora do mergulho, que depende muito da maré. Não pode estar muito alta, pois dificulta o mergulho. A escola marca um treinamento para ser feito um dia antes do mergulho. Esse treinamento visa você conhecer o instrutor que nos irá acompanhar no mar, testar, ajustar e aprender tudo sobre o equipamento que usaremos no mergulho no mar.

O treinamento foi marcado para o dia anterior do mergulho, no final da tarde na piscina do hotel. Lá conhecemos nosso instrutor que nos orientou sobre todo o equipamento que iríamos usar, ajustou todos para nosso uso no dia seguinte e ali mesmo, naquela piscina fizemos fários pequenos mergulhos para experimentarmos.

A sensação é bem diferente (claro!) do que fazia no mergulho livre, onde ao descermos, temos que prender a respiração e aproveitar enquanto o corpo consegue ficar sem ar. Ali, com o cilindro, ficamos à vontade para ficar por muito tempo, e eu estranhei um pouco quando pude respirar debaixo d'água. Uma sensação estranha que passa logo e rapidinho você se acostuma. Os pesos (que nunca tinha usado) também facilitam para que você se estabilize no fundo. Resumo: adorei !

Ficamos na piscina fazendo idas e voltas por bastante tempo, até ficarmos muito à vontade com o equipamento e treinando o que faríamos no dia seguinte. Pra mim, alguns minutos foram suficientes, mas fiquei mesmo assim curtindo por (acho) que uns 30 minutos.

No dia seguinte, nosso mergulho estava marcado para às 08:00, por causa da maré baixa. Chegamos lá na Abissal no horário combinado, mas o tempo, que estava firme todos os dias até então, estava chuvoso, muito nublado e ventos fortes.

Os instrutores disseram que não tinha problema, a visibilidade é claro que não iria ser como a de um dia ensolarado, mas não ia ficar ruim, e resolvemos ir assim mesmo, pois no dia seguinte a maré baixa iria ficar cada vez mais tarde e não podíamos fazer.

O problema principal foi que a lancha que iríamos até o local do mergulho, que é uma piscina natural perto do hotel, estava encalhada devido à maré baixa, e ninguém conseguia desencalhar, apesar de pequena, era muito pesada.

Os instrutores passaram um bom tempo tentando empurrá-la, mas não conseguiram. Fui ajudar, pois 3 empurrando era melhor que 2, mas mesmo assim não deu. Um deles voltou para tentar contactar o marinheiro de outra lancha que já devia ter chegado, mas ele não atendeu.

Fiquei com o outro instrutor na esperança de conseguir desencalhar a lancha. Como a maré estava subindo, empurrávamos aos poucos sempre que uma onda batia nela. Às vezes conseguíamos empurrar alguns centímetros, mas ainda faltava muito para ela sair.

Fizemos muita força, empurramos muito, fomos perseverantes, e depois de quase 1 hora tentando, finalmente conseguimos desencalhar a lancha. Colocamos todo o equipamento nela e partimos para o local. A maré ainda estava boa para o mergulho.

O lugar é pertinho, chegamos em menos de 10 minutos. Com a lancha parada, nos preparamos ali mesmo e mergulhamos. A água estava muito boa para enxergar, é claro que num dia ensolarado ficaria excelente, mas não ficou ruim não. A profundidade ali era de no máximo 6 metros, e havia muitos peixinhos nos corais e recifes. O chão ainda era de areia, então nos limitamos a ficar circulando pelos recifes, onde vários peixinhos se escondiam, outros mais ousados vinham mais para perto, e achamos até uma lagosta escondida por lá. Em certo momento, vimos um coral com dezenas de pequenos peixinhos.

No mergulho um dos instrutores registra os momentos com uma super câmera, fazendo fotos e filmagens, sem compromisso, para a compra. É claro que a gente acaba comprando várias, pois ficam muito boas! Veja as fotos mais abaixo ! Não são baratas, mas se você acabar comprando o pacote com todas acaba saindo bem mais em conta. Verifique!

O tempo passou rápido, quando subimos achei que foi rápido demais, mas tínhamos mergulhado por 40 a 45 minutos. Mais do que o previsto. Foi uma experiência maravilhosa, e já estou planejando fazer um curso de mergulho na minha cidade para que eu possa fazer outros mergulhos mais profundos nas próximas viagens, pois esses mergulhos requerem uma carteirinha do curso feito, e dependendo da profundidade, existe o curso básico e o avançado. Já estou à procura para a próxima viagem que possa fazer essa atividade novamente ! Mas posso esperar !

Na volta, como chegamos já depois das 10:00 da manhã, fora do horário do café, Cris pediu um café da manhã no quarto, que estava muito caprichado ! Era para 2 pessoas mas servia tranquilamente 3 ou 4 !!!