Concha y Toro

A vinícola Concha Y Toro é uma das maiores e mais conhecidas vinícolas do Chile. Internacionalmente reconhecida pelos seus vinhos, tornou uma visita turística tradicional para quem vai a Santiago.

Nesse nosso passeio a Santiago, aproveitamos para conhecê-la, mesmo preferindo visitar outras vinícolas (pois prefiro sempre fugir do circuito turistão), mas com a Bia tínhamos que visitar vinícolar mais perto de Santiago, e confesso que gostei do passeio, principalmente por a Bia ter aproveitado tanto e por estar com a família unida em um lugar tão bonito.

A Vinícola


Para chegar lá é muito fácil, e por isso escolhi. Basta pegar a linha L4 (Azul Marinho) do metrô no centro da cidade (pegamos em Tobalaba pois era em frente ao nosso hotel) e sair na última estação da linha. De lá, chame um Uber (dá para pegar ônibus também) até a porta da vinícola (viagem de uns 5 minutos). O tempo total de viagem fica em torno de 40 minutos, mas o nosso não durou 30 minutos, foi muito rápido.

Aqui vale uma observação: em todos os roteiros que peguei na internet, inclusive no site da própria vinícola, a indicação sempre é descer na estação Las Mercedes. Nunca entendi o porque disso, pois mais abaixo existe uma estação chamada Plaza de Puente Alto. Resolvi experimentar e desci lá, não tive problema nenhum, muito fácil e bem tranquilo. Chamamos um Uber e chegamos bem rápido na porta da vinícola.

Chegando lá, fomos recepcionados logo no portão, onde comprei os ingressos do tour (mediante reserva, é imprescindível você reservar pelo site da Concha Y Toro com antecedência, pois é muito concorrido!) e ficamos passeando pelos jardins, pois como chegamos com bastante antecedência (como disse, a viagem do metrô foi mais rápida que o esperado) ficamos com tempo de sobra.

Quando se dá o início do tour, somos todos chamados, e o grupo era grande. Nosso tour era em português e o guia foi muito paciente e gentil. Somos levados inicialmente para conhecer o casarão da família, que encontrava-se em reforma, então pudemos vê-lo apenas por fora, no jardim, um lindo casarão, imponente, sonho de consumo de todos... em frente a um jardim lindo. Lá nosso guia nos conta a história da marca, da família, da propriedade, etc...

Continuamos o tour pelo caminho através do jardim, até chegarmos a um dos vinhedos. Este era um dos vinhedos mais antigos, plantado bem perto do casarão e da fábrica. Lá, a Bia aproveitou, os vinhedos estavam cheios de cachos de uva, e embora as uvas estivessem ainda pequenas, nosso guia deixou bem claro que podíamos ficar a vontade para provar quantas quiséssemos. Bia foi em cada cacho que achava e tirava uma para experimentar. Comeu uvas Sauvugnon Blanc, Carmenére, Carbenet Sauvignon e Merlot, algumas azedas de fazer caretas e outras bem mais docinhas.

De lá, chegamos na parte de fora de um galpão, onde nos dão uma taça com a marca Concha Y Toro e lá degustamos o primeiro vinho, um vinho branco. A taça pode ser colocada em uma caixinha laranja com alça e levada para as próximas degustações, e no final podemo levá-la para casa.

Entramos depois no galpão, a cave onde são armazenadas diversas barricas de carvalho com os vinhos da vinícola. Passamos então para uma sala onde descemos uma escada que dá para uma cave subterrânea, dessas com chão de brita e paredes grossas. Lá, conta-se a história do vinho ícone da Concha Y Toro, o Carillero del Diablo. O guia então fecha as portas da cave, deixando todos no escuro, e na parede da cave é projetado um pequeno filme com uma historinha do vinho Casillero.

Terminado o filme, visitamos então a cave anexa onde os Casilleros del Diablo originais eram armazenados. Não consegui prestar muita atenção nessas partes, pois Bia não estava muito interessada em saber dessas histórias e ficou passeando pela cave, e tive que acompanhá-la. Acabei perdendo boa parte das explicações.

Ali termina-se o tour e partimos para outra degustação, a dos vinhos tintos. Neste momento é que foi minha frustração quanto a este tour. Em primeiro lugar, não passamos pela linha de produção, não vimos os tonéis de inox, ou rotulagem; em segundo lugar, porque em todo o tour, fala-se tanto no Casillero del Diablo, dá-se tanta ênfase nele (parece que a vinícola só faz esse vinho), principalmente por ser o ícone da vinícola, mas na degustação não se serve nenhum! Serviram dois vinhos que não gostei muito, esses dois da foto abaixo. Uma pena. Acho que pelo menos um deles a vinícola poderia colocar na degustação, depois de tanta propaganda.

Outra coisa que eu notei não só na Concha Y Toro, mas em toda vinícola de lá, é que, apesar de a uva emblemática do Chile ser a Carmenére, dá-se muito mais ênfase na Carbenet Sauvignon. Nem na Concha Y Toro, Santa Carolina ou Cousiño Macul nos deram um Carmenére para provar.

Depois do tour, passamos na lojinha, e lá outra surpresa, vinhos com preços excelentes. Comprei vários Casilleros a preços que aqui no Brasil seria multiplicado por 10. Muita variedade, uma loja excelente !