La Chascona, Parque Metropolitano, Costanera


Nesta manhã de domingo, acordei novamente cedo para correr. A corrida pela manhã era sempre muito gostosa, com a temperatura bem amena, o sol ainda nascendo. Dessa vez eu resolvi subir o rio rumo a norte e voltar pelo Parque Bicentenário, que conhecemos no dia anterior. O total da corrida dessa forma foi de mais ou menos 7Km.

A programação deste dia era bem simples, pois reservei o dia todo para ficarmos por conta de conhecer o maior parque de Santiago, o Parque Metropolitano. A idéia básica era simples, subimos pelo funicular e de lá iríamos passear por todo o resto do parque. Simples, mas não tão simples, irei explicar...

Para começar, nosso café da manhã atrasou. Demorou demais, marcamos para as 08:00 da manhã e já eram 09:00. Tive que descer na copa para cobrar, e ainda demorou uns 20 minutos para chegar. Estávamos quase já saindo para passear, pois não iríamos nos prender por causa de um café da manhã. Mas como ele chegou antes de sairmos, resolvemos tomar o café no quarto mesmo.

Saímos para o Parque Metropolitano de Metrô e descemos na Plaza Baquedano. Para chegar ao parque era bem simples, bastando subir uma rua, e lá várias pessoas já estavam fazendo o mesmo que nós. Em uma parte da praça, um grupo de chilenos fazia uma manifestação contra o governo local, com muitos apitos, mas nada de violência. A polícia acompanhava tudo de perto.

LA CHASCONA

La Chascona é uma casa do escritor e poeta Pablo Neruda, internacionalmente conhecido e renomado até com prêmio Nobel de Literatura. A La Chascona foi uma de suas casas dedicada à sua última esposa, que tinha este apelido por causa de seu cabelo.

Cris queria conhecer muito a casa, e como ela estava bem perto da entrada do parque e do caminho, resolvemos fazer o desvio para conhecê-la. Chegando lá, algumas pessoas já estavam na fila, o lugar é pago e não pode-se tirar fotos na área interna da casa, somente fora e nos jardins.

Portanto, desculpem-me pela falta de fotos. As bolsas e pertences pessoais também não podem entrar, ficam em um armário no mesmo lugar onde você compra o ingresso.

Lá dentro você recebe um guia de áudio (em português) com explicações detalhadas de cada ambiente da casa, contando curiosidades e história do escritor seus pertences. É realmente muito interessante tudo lá. Não perca essa visita.

Custo total para 3 pessoas: $ 16.500 (R$ 79,00)

PARQUE METROPOLITANO

Saímos da La Chascona e nos dirigimos ao funicular para subir no Parque. Chegamos lá eram em torno de 12:15 e levei um susto. Uma fila imensa, gigantesca para subir no funicular. Não tínhamos opção, afinal, turista é para isso mesmo. Ficamos na fila aguardando pacientemente, até que entramos no funicular às 13:09. Considerando o tamanho da fila, até que andou rápido. Comprei a viagem somente de ida (subida), pois a intenção era passear pelo parque a pé.

Custo para 3 pessoas (somente subida): $ 5.200 (R$ 25,00)

O funicular é um passeio legal, ele nos leva até o topo de um dos morros do Parque Metropolitano. e a subida dura apenas alguns minutinhos. Quem quiser pode dar uma parada na subida (somente) para visitar o zoológico. Lá em cima, além da linda vista da cidade, temos toda uma estrutura, algumas barracas de lembranças e lanches.

Todos estávamos com muita fome, pois já era tarde, então compramos lanches para todos. Eu aproveitei para experimentar o famoso Mote con Huesillos, uma bebida energética composta de suco de pêssegos, grãos de trigo e 2 pêssegos secos ($ 1.000, R$ 5,00), uma delícia !

Esta é uma parte bem estilo "turistão" do parque, muita gente por lá, e é um ponto de encontro de todos. Também é um ponto onde os ciclistas chegam das trilhas (ou da metade delas) para tomar o Mote e restaurar as energias para o resto do passeio.

Lá em cima temos também um santuário da Virgem, uma enorme estátua virada para a cidade. Fiquei com a Bia em uma capela um pouco mais na base, pois o acesso à Virgem era de escadas e não daria para subir com o carrinho de bebê enquanto Cris e Gabriel iam lá em cima conhecer.

De lá, a intenção era andar pelo parque para conhecer tudo por lá, mas percebi que o parque não foi feito para passear a pé, a não ser que você queira fazer trilhas, o que não era o nosso caso. A forma melhor de se locomover por terra era de carro, o parque é muito grande, imenso. Até o próximo ponto seria mais ou menos 1 hora de caminhada na pista dos carros, coisa muito perigosa de se fazer com um carrinho e um bebê.

Felizmente, os teleféricos do parque foram recém-abertos (poucos dias antes de nossa viagem), pois tinham sido fechados depois do terremoto que ocorreu em Santiago em 2010. Ele possui 3 estções, incluindo a que estávamos. Resolvemos pegar o teleférico até a próxima estação, onde existe uma piscina pública. O calor era demais, compramos um picolé enquanto estávamos na fila, e Bia provou um pela primeira vez. Uma piscina ia muito bem, pois tinha levado meu calção de banho e a roupa da Bia também.

Comprei o passeio pelo teleférico para apenas 1 estação (compra-se o ingresso de acordo com o número de idas e voltas, caso queira), pois de lá poderíamos sair em outra parte do parque para ir para o hotel. O passeio no teleférico é muito gostoso, foi tranquilo e não estava muito quente, pois quando ele está andando entra ar fresco pela janela e refresca o ambiente.

Chegamos na estação e descemos. Não teve erro para achar a piscina, era bem ali do lado. Chegando lá, vimos que ela era enorme, e parecia deliciosa. No entanto, chegando mais perto, notei que para entrar na piscina não era exigido nada mais do que o pagamento. Nenhuma checagem de doenças de pele, nada. Por isso mesmo que eu acabei desistindo de ir com a Bia, fiquei com muito medo de ela pegar uma doença de pele, visto que a pele dela é bem sensível, e imagina tentar tratar isso em um outro país. Nem pensar! Seguimos em frente e fomos visitar outro lugar. Entramos em um mirante logo em frente, um lugar que aparentemente seria uma capela mas estava sem nada.

De lá, Gabriel falou que gostaria de conhecer o Jardim Japonês, uma ótima escolha. Olhamos o mapa e achamos o caminho. Seria uma longa caminhada, mas estávamos lá era para isso mesmo. Seguimos a pista de carros e foi meio tenso, pois apesar de possuir uma faixa exclusiva para pedestres, esta faixa estava totalmente ocupada pelos carros, e tivemos que andar com a Bia no carrinho de bebê na beira da pista. Descemos uma longa ladeira debaixo do sol por mais ou menos 20 minutos, até chegarmos na porta do Jardim Japonês, que quase passamos por estar irreconhecível de tanto entulho que estava na frente. Estava fechado para reforma. Uma pena !!!


Não tínhamos mais ânimo de subir a ladeira toda, e vimos que continuando a descer chegaríamos a uma saída do Parque. Continuamos então, na beixa da pista pela faixa de pedestres pois pelo menos mais uns 15 minutos. Chegamos na saída que fica mais próxima a nosso hotel, então continuamos a pé mesmo até chegarmos no Costanera Center, para curtir um DELICIOSO ar condicionado...

FINAL DO DIA

Ficamos no Costanera Center até mais tarde do que eu pretendia. Estava me sentindo um cangaceiro, todo sujo e suado com as bolsas dependuradas no corpo fazendo um X, pois Bia estava dormindo no carrinho. Cris e Gabriel lancharam por lá mesmo, pois eu minha intenção era finalizar o dia com o delicioso vinho que sobrou do jantar no El Apero, o Viu Manent, acompanhado pelos deliciosos Chips TIKA e o sanduíche Carlos Jarba da Cris que sobrou da noite dos homens no Liguria.

Dia cansativo, mas excelente !!!!