Duty Free, Itaipú, La Máfia


Este era outro dia com uma programação muito esperada. Iríamos visitar as cataratas argentinas. Então, como já havia avisado antes para todos desta família turista, este dia teríamos que acordar cedo, pois muitas coisas deveriam ser resolvidas até que chegássemos às Cataratas Argentinas. Mas...

... acordamos tarde, já depois das 9:00 da manhã. Ainda fomos tomar café, nos arrumar, etc. Saímos muito tarde do hotel e pegamos a estrada para a fronteira.

Carta Verde

Antes de chegar lá, tivemos que parar para tirar a Carta Verde, uma espécie de seguro obrigatório para andarmos de carro na Argentina. Você não precisa dele para entrar, mas se os "carabineros" te pararem e você não tiver a Carta Verde seu passeio pode ser frustrado. O seguro é relativamente barato, me custou R$ 48,00 para uma duração de 3 dias. O local é simples, fica na margem da rodovia para a Argentina, o estacionamento está todo quebrado, e perdi mais ou menos 30 minutos até sair com minha Carta Verde e continuarmos o passeio. No mesmo lugar é possível fazer câmbio por pesos Argentinos, e a cotação estava mais cara que na loja que eu troquei no dia anterior ( 0,21 dessa loja contra 0.20 da que eu troquei).

Com a Carta Verde pronta, continuamos nossa "viagem". Logo ali na frente já se encontrava a aduana brasileira, totalmente abandonada (bom, não totalmente, existia alguém e alguma sala por lá, mas você não vê), passamos normalmente sem nenhum sinal de vida por ali.

Depois da aduana brasileira, chegamos na ponte Tancredo Neves, ponte que marca a fronteira entre Brasil e Argentina, e foi onde paramos no acostamento para tirar a clássica foto colocando um pé em cada país. Cada lado da fronteira é pintado com a cor de cada país, mas infelizmente não pude tirar uma foto mais de longe, pois o trânsito ali estava intenso e "teoricamente" é proibido parar no meio da ponte (mas todos fazem isso para tirar a foto).

Logo depois da ponte começou nosso drama. Uma fila imensa de carros, e pelo que havia visto no GPS ainda faltava um bom caminho até a aduana Argentina. E foi o que houve, demoramos mais de 1h até chegarmos perto da Aduana. A fila estaca imensa na nossa frente, mas logo depois, olhando no retrovisor vimos que atrás também ela já tinha se estendido até a ponte Tancredo Neves. O mais estranho era que vários carros e caminhões nos passavam pelo acostamento. Como eu não sei o porque, não sabia se era porque tinham passe livre na aduana, se apenas queriam ir ao Duty Free, ou se era um engraçadinho querendo furar fila, mas como e não sou desses engraçadinhos, continuei onde estávamos.

Mas o pior ainda estava por vir. Quando chegamos bem na frente da Aduana, onde 2 carabineros estavam dividindo a fila única (onde estávamos) para as guaritas da aduana, me lembrei que o dinheiro 💰 que troquei no dia anterior havia ficado no quarto do hotel. Esqueci de colocar no porta-dólar. Como solução de última hora então, fiz o retorno ali mesmo e entramos no Duty Free, que fica do lado da Aduana argentina.

DUTY FREE Puerto Iguazú


O Duty Free Puerto Iguazú é enorme. Possui estacionamento coberto sem cobrança. Na entrada, todas as bolsas ou são guardadas em um armário ou então (as essenciais) são colocadas em sacolas lacradas e só podem ser abertas na saída ou na ida para o banheiro. Portanto, você deve entrar apenas com a carteira. Como todo Duty Free, tudo lá é cobrado em dólar, e a cotação do dia que fomos estava a R$ 3,18, o que não era ruim.

O Duty Free é legal, mas confesso que pensei que fosse muito melhor. É imenso sim, tem lojas gigantes, principalmente as de cosméticos, mas para mim, que gosta mais de eletrônicos, não era muito atrativo, os preços dos eletrônicos não estavam muito diferentes do que no Brasil. A seção de esportes eu acho que poderia ser muito melhor, mas só tinha a loja da Nike. A área dos chocolates estava ótima, e Bia brincou muito por lá também.

O que me fez arrepender muito foi não ter comprado a promoção de Amarulas: 3 garrafas a U$ 30,00. Em Brasília, apenas uma está no mínimo R$ 80,00. Não comprei com medo de dar excesso de peso na bagagem, pois ainda iria comprar 6 garrafas de vinho na Argentina e não sabia se ficaria demais. Uma pena...

Existe uma lanchonete/restaurante lá, mas a idéia era ir para Itaipú e comer por lá mesmo. Ficamos por um bom tempo e saímos já depois das 14:00.

ITAIPÚ PANORÂMICO

O passeio de Itaipú estava programado para o domingo. Felizmente não havia comprado antecipadamente os ingressos, então partimos para o ponto oposto da cidade de onde estávamos para adiantar o passeio do dia seguinte, e no Domingo iríamos finalmente para as Cataratas da Argentina.

O caminho era fácil e chegamos por volta das 15:00 lá. Comprei os ingressos para o passeio panorâmico das 16:30, pois a Bia não poderia entrar nos outros. Enquanto esperávamos, fomos almoçar no Itaipú Bistrô, um pequeno restaurante ali dentro das dependências do complexo.

Esse restaurante me surpreendeu muito. Simples como uma lanchonete, com um cardápio muito variado, contendo pratos completos e lanches. Os pratos são muito, mas muito caprichados, pegamos um combo para a Cris e Gabriel, contendo o prato, um suco e uma mousse de sobremesa. Com a Bia dormindo nosso almoço ficou mais tranquilo...

Terminado o almoço, fomos para a recepção dos tours e conseguimos embarcar no tour que saía às 16:15, um antes do nosso.

Existem vários passeios para se fazer em Itaipú. Como estávamos com a Bia, não eram todos que poderíamos fazer. O mais comum é o Passeio Panorâmico, que passa pelos principais pontos de vista da hidrelétrica.

O tour começa com um vídeo de uns 10 minutos em um auditório, contando toda a história da construção da usina de Itaipú. Depois do vídeo embarcamos em um ônibus do tipo jardineira, daqueles que possuem o andar debaixo fechado e o de cima aberto.

Dentro do ônibus temos água mineral (da marca Itaipú) à vontade. Ao sair, uma guia nos explica toda a história da concepção e construção de todo o complexo, curiosidades e como funciona hoje em dia. A primeira parada é uma vista de toda a barragem, com todas as suas turbinas e também é possível ver claramente o desvio feito no leito do rio para a construção da barragem. Neste lugar também tem uma lojinha com produtos à venda e uma pequena lanchonete.

De lá, pegamos o ônibus até o vertedouro da barragem, o local que é aberto quando o nível do reservatório está muito alto. Até lá, passamos em frente às enormes turbinas, podendo perceber claramente a magnitude de tudo lá. É muito difícil ver o vertedouro ele aberto, e nessa época é claro que ele estava fechado. A parada foi rápida, apenas para tirar fotos.

A última parada é o porto onde parte o Katamaran, um dos passeios vendidos pelo complexo Itaipú. Lá, ficamos um tempo para ver o reservatório de Itaipú. Existe lá um quiosque que vende picolés e coisas do gênero e um restaurante.

E depois desse dia cheio só nos sobrou voltar para o hotel e nos preparar para um super jantar !

LA MAFIA TRATTORIA

Antes de falar sobre esse maravilhoso restaurante, deixe-me comentar algo bem interessante. Enquanto Cris e Gabriel se arrumavam no quarto, desci com a Bia para dar o jantar dela (especial, que levamos congelado). Descemos e fomos para a Cafeteria do hotel. Lá, enquanto dava seu jantar, um rapaz tocava uma agradável música no Saxofone. Um momento muito gostoso, ótimo para um lanche.

Saímos rumo à nossa programação noturna deste dia, um restaurante italiano altamente recomendado chamado La Mafia. Este restaurante é todo temático e tentei também utilizar o servido de transporte de clientes dele, onde um mafioso vai te buscar no hotel, mas neste dia o restaurante estava cheio e o serviço não estava funcionando. Fomos com nosso carro mesmo, muito fácil de chegar pelo GPS, só estacionamento é que não era fácil, pois não há. Somente ao longo da rua mesmo.

Fomos muito bem recebidos. Logo na entrada já dá para ver como o lugar é bom, bem decorado. O restaurante estava cheio, mas arrumaram uma mesa muito rápido para nós. O restaurante possui vários ambientes e dois andares. Ficamos no térreo, em frente à uma das adegas, um ótimo lugar, nada de mesas apertadas e espaço para ficar bem a vontade.

A decoração é muito bem feita, com diversos adornos de época e quadros com referência aos conhecidos mafiosos. Muitos detalhes que você pode ficar um bom tempo lá se distraindo. Nos acomodaram e trouxeram uma cadeirinha para a Bia. Ótimo atendimento. O cardápio é muito variado, existem muitas opções de pratos, para todos os gostos, e a carta de vinhos também possui vinhos de todos os gostos e preços.

Enquanto nossos pratos não chegavam, subi com a Bia para o segundo andar para conhecer os outros ambientes do restaurante. Todos também muito legais, cada um com seu estilo e muito bem decorado até nos mínimos detalhes. Lá encontramos uma sala camarim, com diversas roupas e acessórios onde os clientes podem soltar a imaginação e se vestir adequadamente para entrar no clima da máfia... claro que Bia adorou e experimentou várias perucas, estolas de plumas, óculos, etc... foi uma curtição !

Pouco tempo depois nossos pratos já estavam servidos. Todos muito caprichados, desde a entrada de bruschetas quanto aos pratos principais. Até o pedaço de pão que pedimos para a Bia veio caprichado ! Preciso dizer que estavam deliciosos ?

O melhor dessa maravilhosa experiência gastronômica é que os preços são bem razoáveis lá ! Gastei no total R$ 324,50, isso um jantar completo, com entradas, pratos principais e sobremesa, com vinho e bebidas para 3 pessoas !

Se for a Foz, dê uma passadinha lá, não irá se arrepender !