Cataratas Argentinas
AQVA

Cataratas Argentinas

Ah, Argentina.. que saudade... Depois de nossa viagem a Bariloche e Buenos Aires sempre quis voltar a esta terrinha linda. E finalmente chegou o dia da Argentina ! ​Dessa vez, acordamos bem cedo (7:00 da manhã) para tomar o café da manhã e partir logo. Saímos do hotel por volta das 9:30.

Já com a carta verde pronta, seguimos direto rumo à fronteira. Passamos pela a do Brasil (ainda abandonada) e chegamos bem rápido na da Argentina, que estava bem vazia e não precisamos esperar nem 10 minutos para chegar nossa vez.

O procedimento de entrada no país foi rápido e logo entramos no território argentino. Rumamos diretamente para o Parque Nacional de Iguazú. No meio do caminho, logo depois da cidade de Puerto Iguazú, notei alguns agentes (e que já estava avisado que iria encontrá-los) parando carros para pagamento de uma taxa de turismo, que se não me engano custava $25 (25 pesos). Como não fomos parados, seguimos em frente.

Não muito além já chegamos na reserva do Parque Nacional de Iguazú. O estacionamento (pago, $100 pesos) era de brita, mas bem amplo e ainda tinha muita vaga. Uma pessoa organizava os carros que iam chegando para as vagas disponíveis.


Andamos até a entrada, onde uma multidão fazia várias filas nos guichês para a compra de ingresso. Minha primeira impressão foi de uma "zona total", mas parando para perceber, as várias filas estavam bem definidas, e andavam razoavelmente rápidas, não fiquei nem 5 minutos na fila que eu peguei. Paguei em dinheiro, $1300 pesos para todos.

Entramos logo no parque e a primeira impressão que tive foi a de tranquilidade. deixando para trás a concentração de pessoas da entrada, ali estava calmo, ninguém gritando, todos entrando calmamente. Também, muitas árvores e caminhos muito amplos. Minha primeira impressão foi de um parque bem rústico, calmo, com construções de madeira, muito diferente do lado do Brasil.

Logo perto da entrada existe um centro de convenções onde é possível pegar alguns mapinhas de todo o parque, com as trilhas e outras atividades que você pode fazer por lá. Ao invés de irmos para a estação do trem logo em frente, decidimos já entrar em uma das trilhas para as cachoeiras. O trem segue um caminho que termina na Garganta do Diabo, uma plataforma na ponta das cataratas onde a maior parte das águas desaguam (vejam nossas fotos na ida às cataratas pelo Brasil aqui). A trilha que pegamos era toda calçada e ampla, muito limpa e bem sinalizada, Bia estava dormindo no carrinho de bebê e fomos com ele tranquilamente. No meio do caminho alguns macacos nos observavam em cima das árvores para ver se descolavam alguma comida dos visitantes.

A trilha estava boa e muito fresca, com tantas árvores à nossa volta mesmo o sol quente não atrapalhou. Seu fim era na segunda estação do trem, a Estação Cataratas. Quando chegamos lá levei um grande susto ! Uma multidão na fila para o trem ! Era tanta gente que nem acreditei. Resolvemos fazer as trilhas de baixo primeiro para depois pegar o trem, pois quem sabe a fila não diminuía, não é ?

Entramos na trilha chamada Trilha Superior. É uma trilha que passa por cima de todas as cachoeiras do complexo das Cataratas. A trilha é basicamente composta de uma plataforma elevada que passa por cima da mata e dos rios. A plataforma elevada é feita de metal e cabe com folga 2 pessoas. A trilha é desenhada em formato circular, de forma que a direção que você anda é uma só e assim não fica com congestionamento. Em cada cachoeira do complexo temos uma plataforma grande para as pessoas tirarem fotos e observarem a paisagem.

O passeio é muito diferente do feito no Brasil, onde você tem vista de todas as cachoeiras. Na Argentina você está na paisagem, passa por cima delas. Em alguns pontos você tem também uma visão ampla, podendo observar e tirar fotos de boa parte das cataratas. Além disso ao longo da plataforma temos algumas placas informativas sobre as cachoeiras, como se formam, etc...

Voltando da trilha superior, nos deparamos novamente com a estação de trem lotada. Vimos que não havia escolha e entramos na enorme fila. Parte dela no sol e parte dela na sombra. Para nossa surpresa, a fila andava muito rápido. Isso porque o trem é grande, possui muitos lugares, e quando ele para a gente acaba andando bastante. Acho que demoramos na fila mais ou menos 30 minutos até entrarmos no trem, que foi exatamente às 12:43. O passeio é longo, mas tranquilo. São mais ou menos 4km até a estação da Garganta. Quem quiser pode ir andando também, há uma trilha ao lado dos trilhos do trem e muitas pessoas optaram a ir por lá, adultos, crianças e até pessoas com carrinho de bebê. Mas só recomendo se forem muito animados, pois a trilha possui algumas partes de brita que é muito chato com carrinhos de bebês. Fora isso, se você gosta de andar e tem bastante tempo, é muito tranquilo pegar a trilha e não enfrentar a fila do trenzinho.

Chegando na estação, pegamos logo a trilha para a Garganta do Diabo. É feita da mesma plataforma que a anterior, toda de metal, passando por cima dos rios de todo o complexo das cataratas. A plataforma tem a extensão de mais ou menos 1 km, e em alguns pontos existem algumas plataformas com bancos para descanso (algumas famílias as utilizavam para lanchar sanduíches caseiros, levados em potes nas mochilas).

A garganta do Diabo é realmente impressionante, é o ponto onde existe a maior concentração de água das quedas nas cataratas. Do lado do Brasil podemos vê-la de longe, mas ali da Argentina a plataforma de observação fica bem em cima dela, toda a água passando por baixo da plataforma. A plataforma é grande e estava bem cheia, mas não tanto quanto a do Brasil, foi fácil conseguir vários lugares para tirar fotos.

Voltando da Garganta do Diabo, paramos na estação para pegar o trem de volta. A estação estava lotada e tivemos que pegar um ticket (de graça, apenas para organizar as voltas). Já estávamos muito cansados e a espera demorou bastante. A distração deu-se aos quatis, que ficavam roubando comida dos desavisados e distraídos que esperavam por ali também.

Nesta estação existe uma lanchonete Subway também, mas estava tão cheia que nem me animou comprar nada por ali, mesmo com a fome que estávamos. Esperamos mais de 1 hora para voltar. Neste momento eu gostaria muito ter voltado a pé, mas não dava, não cansados como estávamos e ainda com Bia, que certamente iria pedir colo em algum momento.

Chegando na estação, sentimos um vento frio "bater" forte. A semana toda fez bastante calor por lá, apesar de termos ido preparados para o frio. Resolvemos que não iríamos ficar mais lá para fazer a última trilha, a inferior, e voltamos para o carro em direção à cidade de Puerto Iguazú. Já eram mais ou menos 16:30 e ainda não havíamos almoçado e minha programação era irmos a um restaurante Argentino (sempre muito bons).

AQVA

No meio do caminho para Puerto Iguazú encontramos novamente os agentes parando os automóveis para o pagamento da Taxa de Turismo. Mais uma vez não fomos parados, então dessa despesa escapamos. Entramos na cidade e procurei pelo restaurante AQVA. Chegamos lá por volta das 17:00, um bom horário para almoçar, não acham ? rs...

No meio do caminho para Puerto Iguazú encontramos novamente os agentes parando os automóveis para o pagamento da Taxa de Turismo. Mais uma vez não fomos parados, então dessa despesa escapamos. Entramos na cidade e procurei pelo restaurante AQVA. Chegamos lá por volta das 17:00, um bom horário para almoçar, não acham ? rs...

Não foi difícil achá-lo, mesmo sem GPS (havia visto o caminho), e na cidade tem umas pequenas plaquinhas indicativas. O restaurante fica em uma das avenidas principais da cidade, é grande e fica bem na esquina. Saindo do carro, sentimos um frio intenso, a temperatura baixou drasticamente e fomos correndo para o restaurante, pois estávamos com roupas de passeio normais.

Entramos e o restaurante estava bem tranquilo (pudera, não é ? domingo, 17:00), internamente ele é muito aconchegante, fomos prontamente atendidos e pudemos escolher tranquilamente uma boa mesa.

Este é um restaurante típico de Parilla Argentina, escolhemos nossos pratos e sem pedir, um costume argentino, nos trouxeram uma cestinha de pães como entrada (Bia adorou!).

Os pratos demoraram um pouco para chegar, mas vieram perfeitos, os pontos das carnes como pedimos e todos deliciosos e caprichados (Cris nem conseguiu comer tudo). Meu prato foi igual ao da Cris, mas Gabriel pediu uma massa (para variar)...

Apesar de estar evitando doces, dessa vez eu não deixei passar a sobremesa. Todas pareciam excelentes no cardápio, então cada um pediu uma. A minha era simplesmente linda, muito bem montada e deliciosa também.

CAMINO'S WINE BOUTIQUE

Mas o passeio ainda não havia terminado. Eu ainda queria visitar uma loja de vinhos para comprar algumas garrafas a um bom preço. Neste momento, me lembrei que era domingo (havia programado ir na Argentina no sábado, lembram?) e as lojas estavam todas fechadas. Procurei na internet no restaurante sobre as lojas, mas encontrei muita informação conflitante.

Mas não tinha nada a perder, a loja que havia visto era caminho para a saída da cidade então resolvi passar na frente para ver se estava aberta.

E para minha sorte... estava !!! O nome da loja é Camino's Wine Boutique. Lá fui prontamente atendido por uma menina que me indicou vários vinhos na faixa de preço que estava querendo. A loja tem uma grande variedade de rótulos. Depois de escolher, acabei retirando um e levando um Catena Zapata, o mais caro da minha escolha.

Saí de lá feliz com uma caixinha embaixo dos braços...

Voltando para Foz do Iguaçu, pegamos uma imensa fila para a imigração na saída da argentina. A fila chegava no trevo de saída da cidade ! Mesmo assim, dessa vez ela não demorou muito, em menos de 30 minutos já estávamos em território brasileiro novamente.

Já no hotel, depois de um bom banho, e como eu ainda tinha 2 garrafas de vinho pela metade guardadas (dos jantares nos dias anteriores), eu pedi no serviço de quarto do hotel uma porção de frios, que achei muito caprichada! A noite também foi boa com aqueles vinhos restantes !