Itaipú Especial

Amanheceu muito frio. A temperatura caiu drasticamente desde o último dia (quando estávamos na Argentina), amanhecendo com 7ºC. Nesse último dia de viagem a programação era basicamente curtir o hotel, mas resolvi de última hora fazer um passeio que estava querendo fornecer para o Gabriel: Itaipú Especial.


Falarei mais sobre isso abaixo.

Pela manhã, após o café fomos para uma área infantil no hotel que não conhecíamos. É uma casa com paredes de vidro que poderia ser muito melhor aproveitada, ela possui 3 andares e toda uma estrutura interna, como fraldário e banheiros, mas a casa estava praticamente vazia. Apenas alguns poucos brinquedos espalhados por lá, o que foi uma pena, o lugar tem muito potencial, e muito pouco aproveitado.

De lá, aproveitamos o tempo gelado para curtir mais uma vez a piscina quente. Achei que, devido ao tempo, muitos teriam a mesma ideia, mas a piscina estava vazia, éramos os únicos doidos a ir. Só Gabriel resolveu ficar de fora e ir aproveitar as outras atividades do hotel, mas nós adoramos e ficamos a manhã toda lá na água (mesmo porque fora dela o frio estava de lascar!).

Criada a coragem para sair da piscina, corremos para o quarto para um bom banho quente e voltamos ao bar da piscina para pedirmos nosso almoço, que foi feito na mesinha da brinquedoteca e foi um caprichado e delicioso sanduíche beirute. Bia aproveitava para brincar enquanto esperávamos o lanche ficar pronto, enquanto Gabriel ia para a Sala de Jogos.

ITAIPÚ ESPECIAL

Como falei no início desta postagem, eu queria oferecer para o Gabriel um passeio diferente, mais rico em informações. O passeio panorâmico de Itaipú é muito simples, não traz muita informação sobre a usina. Lá, temos também um passeio chamado de Itaipú Especial, que é um passeio onde você pode entrar na barragem, ver a sala de controle e muitos outros lugares lá de dentro mesmo, além de ter informações detalhadas de sua construção e funcionamento.

Mas este passeio é restrito, apenas pessoas acima de 14 anos podem participar, então a Bia estava fora e ficou com a Cris no Hotel. Comprei os ingressos pelo próprio site de Itaipú pela manhã, para serem trocados na usina e saímos correndo logo depois do almoço.

Chegando lá, fui direto ao guichê para trocar os ingressos. Como o acesso é restrito, a segurança é maior, então é claro que tivemos que apresentar documentos para comprovar a identidade e a idade, mas Gabriel não havia levado documento nenhum ! Faltando 15 minutos para o início do tour, tive que pegar o carro e voltar até o hotel para pegar os documentos dele, um trajeto de 11km (22Km ida e volta), de mais ou menos 15 min de duração. Não é meu costume, mas tive que pisar fundo para podermos voltar a tempo do tour, pois ainda iriam passar o mesmo filme que vimos no passeio panorâmico.

Felizmente conseguimos fazer a tempo, chegamos praticamente na hora que o filme acabou. Lá, passamos por um detector de metais para entrar no ônibus que nos levaria às entranhas da usina de Itaipú. Dentro do ônibus tem água mineral (da marca Itaipú!) para todos, pois o tour demora um bom tempo, são 2 horas e meia, no mínimo !

A primeira parada do ônibus é bem em cima da barragem, onde passamos pelo Tour Panorâmico mas sem paradas. Lá, a guia nos explica sobre o processo de captação da água, sobre as turbinas e também sobre as grandes válvulas de abertura das comportas que ali encontramos. Lá podemos andar à vontade, podendo ver os dois lados: o do reservatório e o outro com o rio.

De lá descemos a barragem rumo à entrada que fica no nível onde passam os ônibus e carros. Lá, ficamos lado a lado com os imensos tubos onde água passa para movimentar as turbinas de Itaipú, onde o fluXo de água é equivalente a metade das águas das cataratas, é impressionante! Neste ponto a segurança também é reforçada, temos que colocar os chapéus de proteção e usar os fones de ouvido onde a guia nos passa todas as informações sobre os locais que passamos.


Ali, visitamos a barragem por dentro e vemos de perto toda a sua estrutura, recebendo as informações sobre a construção, o formato, seções, etc... Podemos ver ali também a dimensão e toda sua profundidade, algo que não é fácil imaginar vendo apenas de fora. São vários andares sendo que o último fica já abaixo do nível do fundo do leito do rio.

Saindo de lá, atravessamos a rua e entramos no local da barragem onde tudo é comandado, um prédio anexado à barragem. O prédio é composto também de vários níveis, muitos deles de acesso restrito. Paramos em um dos andares onde podemos ver a sala de controle de todas as turbinas do complexo. A sala é dividida virtualmente ao meio, onde ficaria a divisa entre os países Brasil e Paraguai e é lá que são monitoradas as turbinas e comandada toda a distribuição da eletricidade gerada pelo complexo de Itaipú.


Deste andar também é possível ver por cima todo o corredor onde as imensas turbinas geradoras de energia estão instaladas. O corredor é gigantesco, com mais de 1km de extensão e um enorme guindaste fica posicionado na parte superior para ser utilizado nas manutenções.

Depois dessa seção, descemos para o nível do corredor que acabamos de ver de cima, ficando no nível das comportas das turbinas de Itaipú. Uma delas estava em manutenção e algumas portinholas estavam abertas.

Ali, pegamos outro elevador e descemos mais ainda, no nível das turbinas. Este elevador (e o espaço lá embaixo) era bem menor e o grupo teve que ser dividido para descer aos poucos, revezando à medida que o anterior subia. Lá embaixo, ficamos no nível localizado entre a turbina que é girada pela água do reservatório e o alternador (peça responsável pela transformação da energia cinética para a energia elétrica). Neste nível é possível vermos o eixo que liga esses dois componentes e esse é o objetivo, lá podemos ver o eixo de uma turbina em funcionamento, rodando para gerar a energia. Ali, muito barulho e pouco espaço, realmente não cabia a turma toda.

Por fim, saímos do complexo e antes de terminar o tour o ônibus ainda parou no mirante do vertedouro para quem ainda não conhecia. Para nós, nada demais, visto que já tínhamos visitado e ele estava fechado.

Logo depois, passei na lojinha de Itaipú para comprar um tucano de pelúcia para a Bia (que não parava de falar do tucano que havia visto no passeio do Parque das Aves) e voltamos para o hotel.

Para finalizar a noite, saímos para comprar um lanche, mas não havia nada de interessante e já estava meio tarde, então acabamos parando no Shopping de Foz. Lá eu encontrei um quiosque do Freddo, onde a Cris fez um lanche com o Gabriel e eu comprei um pote de 3 sabores desse delicioso sorvete.

Aproveitando, entrei correndo no supermercados Super Muffato (que já estava fechando) para comprar umas coisinhas que estavam faltando, inclusive os biscoitinhos da Bia. Eu já aproveitei a última noite para comer o resto da macarronada que a Cris pediu no La Mafia e de sobremesa é claro que foi o sorvete Freddo !