Metrô de São Paulo


Já fui algumas vezes a São Paulo, mas só recentemente, quando fui somente eu e meu filho maior é que resolvi utilizar com mais frequência o Metrô da cidade. Simplesmente fiquei impressionado. Acostumado com o metrô de Brasília (detalhes dele nesta postagem), que eu achava muito bom, não tinha ideia de quanto andar por São Paulo poderia ficar bem barato e rápido.

Malha Ferroviária

A malha do metrô de São Paulo é simplesmente excelente. Não conheço a cidade toda para falar que com ela você chega a todo lugar, tenho certeza que não, mas pelo menos para quem está visitando a cidade você pode ir a quase todo lugar que irá precisar por ele.

Possui ainda integração com uma grande malha ferroviária que o deixa mais perto de muitos outros lugares. Lá você tem muitas opções de deslocamento, e normalmente, quando precisei ir a um lugar onde o metrô não chegava, normalmente existe uma estação a uma distância que você pode chamar um Uber para terminar a viagem, ou até mesmo ir a pé, dependendo do lugar e da distância (e sua disposição, é claro).

PREÇO E FORMAS DE PAGAMENTO

O metrô de São Paulo, em Dezembro de 2021, época desta postagem, custava R$ 4,40. E com este valor você pode acessar toda malha ferroviária, fazendo baldeações entre as linhas, normalmente como todo metrô e trens urbanos.

O mais legal que eu achei no metrô de São Paulo foi a facilidade que você tem de poder pagar sua passagem. Lá as companhias (não importa o motivo, se é imposto a elas ou não) fizeram de tudo para você ter a facilidade de comprar o ticket. São várias opções:

  1. Guichês: toda estação possui alguns guichês para venda das passagens. Mas eles só aceitam pagamento em dinheiro.

  2. Totens: existem diversos totens em cada estação. Existe na verdade 2 tipos de totem lá, um exclusivo para o bilhete único (aquele que você carrega uma certa quantia de dinheiro nele e vai gastando cada vez que você passa) e outro que, para além de fazer a carga do bilhete único, fornece a possibilidade de você comprar bilhetes avulsos utilizando cartão de débito. A máquina imprime um QRCode na hora que você passa no leitor da catraca para liberar a entrada. Nesses, o máximo de ingressos por compra é de 2.

  3. Aplicativo: O metrô fornece também um aplicativo chamado TOP, onde você consegue comprar esses QRCodes para serem lidos pelas catracas. O aplicativo é simples e fácil de usar, sendo um pouco chato na hora do cadastro, que pede muitas informações no estilo chat, e fica cansativo, mas depois que você passar por essa fase, comprar o QRCode com o cartão torna-se muito simples. Nele você pode também consultar o mapa da malha de metrô e trens urbanos (CPTM)

  4. WhatsApp: isso mesmo ! Até por whatsapp você pode comprar sua passagem ! E eu precisei disso, uma vez em que numa estação (Luz) os dois totens de lá estavam com a impressora com defeito, eu estava sem dinheiro (foi aí que descobri que os guichês só aceitavam dinheiro) e tive que fazer essa compra por WhatsApp. Para isso, basta você enviar uma mensagem para o telefone indicado e interagir com o robô, que te orienta facilmente. O pagamento foi por PIX, e na hora meu QRCode foi enviado para meu celular para ser usado nas catracas.

VAGÕES E ESTAÇÕES

Em todas as viagens que eu fiz nos metrôs de São Paulo, os vagões sempre estiveram muito limpos. Mesmo com tanto movimento, a sensação de limpeza era total. Não vi vagão quebrado, sujo ou pichado, eles sempre pareciam novinhos. Além disso, os trens são muito grandes, compostos por pelo menos 6 vagões (não contei, estimativa). Mesmo com o tamanho, alguns ficam cheios, principalmente no horário de pico, mas normalmente você consegue usar sem precisar se apertar demais.

Os painéis de informação também todos funcionando. Os avisos das estações também sempre dá para ouvir claramente. Inclusive, uma diferença interessante para o metrô de Brasília é que em cima das portas, onde normalmente tem a linha com as estações, existe uma luz verde em cada estação, mostrando as que o metrô já passou, vermelha para a estação atual e normalmente fica apagada para as que ainda não passou. Assim, quem entrar no metrô sem olhar a direção que ele está indo é capaz de saber quais estações já passou e quais ainda vai passar estando lá dentro.

Outro detalhe bem interessante é que cada vagão, internamente, tem alguns detalhes que dizem qual linha você está: Algumas paredes (entre os vagões) são pintadas da cor da linha e também as alças que você segura sempre são também da cor da linha.

As estações também sempre bem cuidadas, poucas vezes vi algum equipamento quebrado, sem funcionar. Mesmo com tanta demanda, as filas eram pequenas e andavam rápido nos totens. Nelas os painéis indicativos dos trens mostra não somente o tempo para o próximo trem chegar, mas também como está sua capacidade, muito interessante.

Algumas estações de metrô são enormes, algumas linhas são profundas, tendo que descer por 4 andares. Nesses andares você sempre encontra lanchonetes variadas, banheiros e lojas de utilidades, como essas com produtos e serviços para celulares, as mais comuns por lá. Estações maiores, como a central da CPTM e metrô de Barra Funda, existem dezenas de lojas e lanchonetes, para todos os gostos.